Música de restaurante incomoda você? A trilha sonora interfere muito mais em uma refeição do que se imagina. A história foi publicada pelo New York Times (leia nesse lugar em português) e correu o mundo na semana passada. A seleção do Kajitsu, segundo Sakamoto, não tinha critério, era uma “mistura terrível” de música pop brasileira, velhas canções folk americanas e um jazz. Depois de sua última visita ao restaurante, mandou um e-mail pro chef da casa. “Sua comida é perfeita como o Katsura Rikyu (um palacete de 1000 anos de Tóquio), entretanto a música está mais para Trump Tower”, escreveu.
Como queria continuar frequentando o lugar, achou melhor modificar as coisas por ali e se disponibilizou pra fazer uma nova playlist pro restaurante. Sem qualquer custo. Sem nenhuma música de tua autoria. Donos de restaurantes no todo o mundo costumam investir no chef, pela decoração, na louça, pela iluminação, no uniforme da brigada - alguns estão até mudando o lugar pra auxiliar posts nas mídias sociais.
Porém poucos levam a música a sério. Aprenda A Fazer Doces Finos E Fáceis das casas deixa o som por conta de bartenders e sommeliers, um camarada “entendido de música” ou até do proprietário. A pergunta é que a escolha da trilha sonora de um restaurante vai muito além de prazeroso gosto. Conheça A Alimentação Viva: Livre De Derivados De Animais E Sem Cozimento O Dia a conexão da música com a comida tem despertado o interesse de pesquisadores pelo universo. A mais renomado escola de música nos EUA, Berklee College of Music, pouco tempo atrás ofertou um curso sobre música e comida.
Diferentes estudos mostram ação do tipo e da altura do som na experiência gastronômica e até, particularmente, no paladar, como explica a pesquisadora Janice Wang, pós-doutoranda na Oxford University. “A música interfere não só no humor de quem está no restaurante, contudo no apetite, na velocidade da refeição e até em quanto uma pessoa gosta ou não da comida”, comentou em entrevista por e-mail ao Paladar (confira abaixo).
Uma sensacional seleção necessita acatar o fluidez da refeição, o estilo da residência, o movimento do salão. Charlô Whately assim como deixa o som de tuas casas aos cuidados de um DJ, Milton Chuquer. A amargura com a trilha sonora tem aumentado nos últimos 3 ou quatro anos, como conta o diretor de construção da Rádio Ibiza, Zé Marcio Alemany, um dos pioneiros na área. Músico e baterista, ele entrou no ramo há doze anos, no momento em que acompanhava a mulher jornalista especializada em comida às visitas a restaurantes, no Rio. Segundo ele, o conceito musical precisa de modificar conforme o horário.
Também, ele admite que a música altera até a quantidade de bebida consumida e ilustra a tese com uma história divertida, do Fasano, no Rio. O restaurateur Rogerio Fasano pediu uma trilha para a happy hour, eles capricharam, o espaço bombou e a venda de champanhe triplicou. “O Bolo Com Recheio De Chocolate Branco ordenou alterar a trilha, achou prejudicial o pessoal beber em tão alto grau perto da piscina”, diverte-se.
Música bacana atrai. Música ruim expulsa. O diretor da Rádio Eldorado, Emanuel Bonfim, conta que quando vê música ao vivo num restaurante vai a despeito de. Seleção inadequada também é um enorme dificuldade. Quem é que quer ouvir ópera em uma padaria, almoçar num japonês ao som de balada ou ainda ouvir a tarantella só em razão de está diante de um prato de espaguete? Pois que isto acontece muito.
E não por acaso tanta gente reclama. O especialista em desenvolver conceitos pra restaurantes André Rodrigues, da Loudtt, que montou o conceito do Evvai, além de outros mais, pensa pela música desde o começo do projeto e sugere o perfil, conforme o público que o restaurante quer atingir. Bolo De Batata Doce , interfere na discussão, provoca e é a principal reclamação.
Contudo silêncio assim como incomoda, obriga a ouvir a conversa da mesa ao lado e torna constrangedora cada queda de garfo. A diretora de hospitalidade do grupo Laureate, Rosa Moraes, nunca esqueceu a primeira visita ao (hoje extinto) Charlie Trotter, em Chicago. “As paredes eram brancas, sem quadros, não havia decoração e o salão não tinha som, tudo para não retirar a atenção da comida.
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